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Feplana cobra votação e aprovação da venda direta de etanol amanhã

Pela 4ª vez em poucas semanas, está marcada para amanhã a votação do projeto sobre a não exclusividade da venda de etanol por distribuidoras aos postos de combustíveis. Votação é na Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal. Se aprovada, proposta deve baixar o preço do etanol

Nesta quarta-feira (20) o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 978/18) sobre a não exclusividade da venda de etanol por distribuidoras volta à pauta de votação da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal. Está será a quarta tentativa de votação em poucas semanas, apesar da propositura garantir a redução no preço do etanol para o consumidor por conta da economia logística no transporte do combustível da usina para o posto, como demonstrado pelo voto em separado do deputado federal Elias Vaz (PSB/GO), que estará sendo apreciado na sessão de amanhã.

“Esperamos que novos instrumentos procrastinatórios não sejam usados na votação de amanhã por deputados que defendem a exclusividade da venda do etanol por distribuidoras, mantendo a exclusão da participação direta das usinas neste mercado. A venda direta é uma opção a mais para os postos comprarem o etanol. Não é uma exclusividade para as usinas, como hoje é para as distribuidoras”, destaca Alexandre Andrade Lima, presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), que acompanhará a sessão, juntamente com outros dirigentes do setor.   

Andrade Lima explica que como a venda direta será uma opção, o posto de combustível, por questões econômicas obvias, só comprará do local (usina ou distribuidora) onde o preço é mais barato. E, no caso dos postos onde há usinas por perto, o etanol mais barato será da usina, pois o custo logístico será menor que o das distribuidoras, sem falar de o preço do etanol não ter o acréscimo diante da margem de lucro das distribuidoras.

Por esta razão, o líder da Feplana garante que continuará sensibilizando mais deputados em defesa da livre concorrência e não reserva de mercado. “Enquanto isso não ocorre, fica prejudicado o consumidor, uma vez que o etanol continua mais caro para o usuário diante da soma dos custos logísticos do transporte do etanol das usinas para os centros das distribuidoras e depois para o posto de combustível, além da margem de lucro dos distribuidores. E perde ainda toda cadeira produtiva do etanol, impedida de vender o seu combustível”, critica Lima.

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