Nesta quinta-feira (10), a experiência exitosa do arranjo econômico rural da usina da Cooperativa de Fornecedores de Cana (Coaf) em PE e sua interação com outras usinas com modelo similar para a implantação da primeira central sucroenergética cooperativista no País, será destacada no Seminário Logística no Agronegócio (Expolog), que começa hoje em Fortaleza/CE. O presidente da Coaf, Alexandre Andrade Lima, com a mediação do presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB/CE), João Nicédio, abordará sobre esta intercooperação entre as usinas Coaf, CooafSul, Coopervales e Pindorama, bem como a sua importância para o desenvolvimento regional.
O empreendimento responderá por 6% de toda a cana processada no NE. “A previsão de começar a partir da próxima safra e será um dos principais conglomerados do setor sucroenergético da região”, adianta Alexandre, que também coordena a comissão agropecuária da OCB/PE. A central reúne duas usinas de PE (Coaf e CooafSul) e duas de AL (Pindorama e Coopervales) geridas por canavieiros. Iniciativa tem o apoio da OCB, em especial a dos respectivos estados, como a OCB-PE, presidida por Anselmo Malaquias.
Os gestores de quatro usinas nordestinas se reuniram pela primeira vez na usina Coopervales, em Atalaia-AL, em outubro/20, quando aprovaram a intercooperação, passando depois pela aprovação dos seus conselhos administrativos. A central cooperativada tem como objetivo potencializar o plano de negócios dessas quatro unidades. As usinas continuarão com a sua autonomia na gestão interna, mas passarão a atuar em bloco no mercado, otimizando sua filosofia cooperativista neste setor.
“Vamos comprar insumos numa quantidade quatro vezes maior e vender nossos produtores na mesma proporção, qualificando o nosso plano de negócios tanto para compra como para venda”, adianta Andrade Lima. Toda essa margem qualificada será redimensionada para a própria cadeia produtiva, trazendo desenvolvimento socioeconômico de todos que participam dele: os fornecedores de cana, que são responsáveis pela maior parte da contratação da mão de obra do setor canavieiro do Nordeste. Assim a central contribuirá para todo setor.
As quatro usinas são registradas na OCB e estão adimplentes e ativas no sistema do cooperativismo profissional brasileiro – condição definida para o ingresso de outras unidades interessadas, conforme concordância dos presidente da Coaf (Alexandre), da CooafSul (Cacá), Coopervales (Túlio Tenório) e da Pindorama (Klécio Santos). A previsão é de que a central sucroenergética cooperativada começa em meados na safra 2021/2022.
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