Em plena crise econômica gerada pela covid-19, usina em Timbaúba-PE, gerida por cooperativa formada por 1,7 mil canavieiros, decidiu ontem (22), em assembleia, dividir R$ 7,8 milhões de sobras do faturamento da unidade na última safra, e mais R$ 200 mil de sobras da unidade matriz no Recife
Nesta segunda-feira (22), os cooperados da usina (filial) e da unidade de insumos (matriz) da Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana (Coaf) aprovaram durante assembleia a distribuição das sobras financeiras de quase R$ 8 milhões do exercício 2019, sendo R$ 7,8 mi da usina e R$ 200 mil da matriz. Por unanimidade, decidiram repartir entre os cooperados a maior parte do recurso proporcional ao montante de cana fornecida à usina na última safra. Os R$ 200 mil restantes serão distribuídos baseado na compra de insumos por eles na unidade matriz da Coaf, situada na Associação dos Fornecedores de Cana do Estado.
Cada cooperado ganhará R$ 9,10 por ton. de cana. O valor se soma aos R$ 30 médios de bonificação já pagos ao fornecedor na safra. Ao todo, serão quase R$ 40 de bônus, além do pagamento de uma das melhores ATR (índice que calcula o valor da cana) dentre as usinas de PE. O ATR médio foi de R$ 11,91 por ton.. O preço médio da cana foi de R$ 94,50. Somado com a partilha das sobras da Coaf, o preço médio por tonelada da cana na safra ficará em R$ 145,51. Com isso, a cooperativa será a usina que melhor remunerou pela cana do fornecedor em todo o Brasil.
“Em apenas cinco safras, a Coaf mostra eficiência e produtividade, mas também valoriza a cana do fornecedor independente com justiça social entre os participantes dessa cadeia econômica”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da cooperativa. Na última safra, a usina elevou 25,7% a sua moagem de cana. Esmagou 845 milhões de toneladas. Também cresceu em quase 30% a fabricação de etanol, atingindo o patamar de 73,5 milhões de litros. Vendeu 60 mil toneladas de bagaço de cana. Também produziu 7,7 milhões de litros de cachaça. Além disso, a Coaf ainda diversificou o seu mix com a produção de itens como álcool em gel e o 70° para atender as necessidades da pandemia do coronavírus.