Na última quinta-feira (10), sob a presidência de Alexandre Andrade Lima, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e do Álcool (CSAA), do Ministério da Agricultura (Mapa), deliberou e enviou para ministra Tereza Cristina uma moção solicitando o seu apoio para que a Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) renova a resolução (RDC 350) que permite usinas sucroenergéticas produzirem e negociarem álcool etílico 70º durante a pandemia. A câmara debateu sobre outros temas, como o atual mercado de CBios no país e as negociações do governo federal sobre a importação do etanol dos EUA, além das questões de transporte e logística do setor sucroenergético, bem como a sua agenda estratégica nos próximos anos.
“Solicitamos à ministra que nos apoie para que a resolução da Avisa seja estendida durante a pandemia. A produção de álcool 70º por centenas de usinas ajudou a sociedade brasileira no combate à covid-19. As unidades sucroenergéticas inclusive doaram milhares de litros do produto para as escolas, hospitais e outros equipamentos públicos. A usina Coaf, por exemplo, no interior de Pernambuco, doou cerca de 12,3 mil litros”, diz Lima
A resolução da Avisa, no entanto, dando a autorização para a produção e comercialização do álcool 70º venceu no último mês, no dia 16 de agosto. Com isso, as usinas também amagam um prejuízo comercial, porque as unidades tinham essa alternativa paralela de negócios diante da queda elevada da comercialização do etanol combustível durante a pandemia, sobretudo durante os meses de quarentena, de isolamento social radical.
“Contamos com o apoio da ministra Tereza junto à Anvisa para conseguir a prorrogação da medida em favor do setor e toda a sociedade”, diz Lima, que também preside a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil.