Nesta quinta-feira (19), a Associação dos Fornecedores de Cana (AFCP) se reuniu na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) para tratar da recategorização de uma grande área que envolve a usina Coaf (em Timbaúba) onde há canaviais e fauna e flora nativas também. A reunião foi conduzida pela secretária Ana Luíza Ferreira com o presidente da entidade canavieira, Alexandre Andrade Lima, acompanhados de assessores e do presidente da CPRH, José Anchieta.
A AFCP solicita que a atual Reserva de Vida Silvestre Água Azul, que engloba uma parte da área dos canaviais da Coaf e que tem moradias no local, seja uma Área de Proteção Ambiental (APA). A troca da categorização se faz necessária porque tem consonância com a realidade desse local onde historicamente há atividades econômicas ligadas à canavicultura e há construções, realidade não aplicável à categorização atual, e sim a uma APA.
As justificativas ambientais e jurídicas foram apresentadas pela AFCP durante a reunião pelas respectivas assessoras (Jeruza Cavalcanti e Sandra Pires). Os representantes ambientais do estado se mostraram sensíveis ao pleito, sobretudo porque, conforme frisou Andrade Lima, nada mudará no atual quesito ambiental e trará segurança jurídica à agricultura. “Com a APA, continuam permitidas as atividades econômicas já existentes e proibidos os desmatamentos”, destacou Jeruza.
A AFCP aproveitou, ainda, a reunião com a secretária da Semas e o presidente da CPRH, articulado pelo deputado estadual Antônio Moraes, para solicitar que a atual Reversa da Vida Silvestre Água Azul tenha os mesmos benefícios concedidos à reserva do Tatu Bola em Lagoa Grande e cidades circunvizinhas. Foi solicitado um decreto para que o Banco Nordeste continue financiando as áreas com atividades agrícolas ao seu redor.