A Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) devolverá exatos R$ 1.158 milhão descontados dos canavieiros pelas usinas em favor do órgão canavieiro. Este será o quarto ano seguido em que a direção da entidade devolve parte da taxa associativa aos associados que moeram mais de 12 mil toneladas na última safra. A ação, que iniciou em 2019, estimula o ingresso de mais associados, fortalecendo a classe.
Na próxima segunda-feira (29), todos os associados que se enquadram na regra devem procurar o Departamento Técnico (Virgílio) e o Departamento Financeiro (Dona Ofélia) na sequência para resgatar o valor correspondente. A ação integra a resolução da diretoria da AFCP, liderada por Alexandre Andrade Lima, que repetiu essa decisão voltada à diminuição da cobrança dessa taxa.
O montante a ser devolvido neste ano é muito maior do que o da safra anterior, quando a AFCP devolveu R$ 746,862,05. Os cálculos foram feitos após todas as usinas terminaram a moagem. A safra se prolongou mais que a anterior, o que demorou o início da devolução de parte da taxa de sócio, justamente daquilo que ultrapassa as 12 mil toneladas de cana. Acima desse montante, os sócios só pagam 0,5% da obrigação definida em lei, deixando de incidir ou outros 1,3%.
Com isso, a AFCP continua atuando para redução tributária do setor canavieiro. No governo Dilma, por sinal, a entidade atuou forte com outras organizações, reduzindo mais 1% dessa tributação, quando rebaixou de 2,8% para 1,8%, com o fim do artigo 36 da lei 4870/1965.
“Desde que assumimos o comando da AFCP, em 2007, um dos nossos objetivos era a diminuição da taxa associativa. À época, porém, a AFCP tinha grande passivo, mas tudo foi saneado no decorrer desses anos de nossa gestão”, lembra Andrade Lima. Ele explica que os grandes fornecedores reclamavam do valor associativo e muitos justificavam o distanciamento da entidade. Tudo está equalizado e a entidade continua na espera de que muito mais se associem.